As imagens correram o planeta. O que de tanto havia de beleza nas fotos, muito mais carregava de tristeza. No meio da noite, trabalhadores nas vinhas com as fogueiras acesas a tentar minimizar os dramáticos efeitos das geadas primaveris de abril na França. E a conta estimada com os estragos provocados nas vinhas não foi pequenos: Os danos causados às videiras em flor podem chegar a 2 bilhões de euros, estima o maior sindicato agrícola da França, a Fédération Nationale des Syndicats d'Exploilities Agricoles (FNSEA).
As geadas ocorreram de Champanhe ao Languedoc. As temperaturas de congelamento eram problemáticas para as videiras porque o calor do início da primavera acelerou o ciclo de crescimento, deixando as uvas de brotamento precoce suscetíveis à geada. As condições abaixo de zero prejudicam qualquer crescimento inicial, justamente onde estão os cachos de flores embrionárias - a fonte da safra do ano.
Nas principais regiões vinícolas da França, as reduções na produção de vinhedos devem variar entre 20 a 70%. Na Borgonha, a quebra de produçãopode chegar a 50% da safra deste ano.
O Ministro da Agricultura francês Julien Denormandie descreveu as geadas como “provavelmente a maior catástrofe agrícola do início do século 21”. Ele também disse que a França nunca tinha visto uma geada tão forte no início da primavera. O governo francês prometeu apoio financeiro aos produtores que sofrem com as perdas de safra.