O ministério da agricultura francês anunciou um plano de emergência para socorrer as vinícolas francesas. O fundo emergencial de EUR 80 milhões (cerca de R$ 428 milhões) veio como resposta aos protestos de agricultores franceses que fecharam estradas e fizeram passeatas em algumas cidades do país, diante dos baixos preços de seus produtos e a crescente concorrência, seja de vizinhos europeus ou de outros continentes (vide Mercosul).
A região onde o problema se mostra mais sensível é no Languedoc, no sul da França, onde em outubro do ano passado alguns produtores de vinho fecharam estradas e chegaram vandalizar dois caminhões tanque de vinho que vinham da Espanha. Em alguns vilarejos próximos de Bordeaux os protestos também foram intensos. Além dos preços baixos das uvas e os custos de produção crescentes, a produtividade está cada vez menor (retrato das mudanças climáticas) e o consumo global em queda.
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Além do fundo de apoio às vinícolas, o governo também anunciou um fundo extra de EUR$ 150 milhões (ainda sujeito à aprovação da UE) para viticultores que queiram arrancar suas vinhas e se dedicar a outras culturas. Também no ano passado o governo já havia disponibilizado um fundo de EUR$ 200 milhões para produtores que quiserem destinar seus vinhos à destilação, para produção de álcool industrial.