No começo do mês de junho, o Comitê de Agricultura do Parlamento Europeu, em Bruxelas, aprovou algumas propostas para auxiliar o mercado nos setores de frutas, legumes e vinho, afetados duramente pela pandemia do COVID-19. No entanto, 36 eurodeputados assinaram um pedido para que o Parlamento vete as propostas de ajuda, alegando que “elas estão muito abaixo do suficiente”.
A proposta aprovada pelo Comitê de Agricultura prevê flexibilidade nas alterações dos programas, particularmente para a colheita em verde, permissão extraordinária de destilação de vinhos não comercializados, entre outras medidas. No entanto, os deputados que defendem o veto pedem outras medidas complementares, tais como melhoria dos níveis de financiamento, transferências de fundos não utilizados para o setor e maior flexibilidade para planos nacionais de ajuda.
O vice-diretor geral da Direção-Geral da Agricultura (DG Agri), Michael Scannel rebate a pretensão dos deputados e defende a ajuda já aprovada, lembrando que a maioria dos Estados-Membros emitiu parecer favorável às medidas votadas pela Comissão. “Se o setor não apoiar a ajuda, é melhor a retiramos da pauta. Isso seria terrível, pois seria uma oportunidade perdida”, alerta Scannel.
No entanto, Janusz Wojciechowski, o Comissário Europeu para a Agricultura, havia antecipado uma objeção parlamentar parcial ao ato. Em uma carta de 29 de maio, ele afirmou que havia a possibilidade de explorar novos relaxamentos e financiamento a longo prazo, dependendo de como a situação evolui.
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