Frio barra gafanhotos

Fotografia: reprodução da internet
Redação

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São Pedro parece ter ajudado os agrigultores gaúchos e catarinenses que estavam na rota de uma nuvem de gafanhotos vinda da Argentina. A chegada de uma frente fria à região mudou a direção da praga, que prefere tempos quentes e secos. Mesmo assim, os governos locais ainda monitoram a situação. 

 

Mais cedo, Ministério da Agricultura decretou Estado de Emergência fitossanitária no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina por conta da aproximação da nuvem de gafanhotos. A praga provocou estragos no Paraguai e na Argentina, onde se encontra atualmente e já está a cerca de 100km da fronteira com o Brasil. A Portaria Nº 201 foi assinada pela ministra Tereza Cristina Correa da Costa Dias e publicada na madrugada desta quinta-feira, dia 25 no Diário Oficial da União. 

 

Além da mudança do tempo que já ocorreu hoje no Sul do Brasil, outro aliado contra a praga são os aviões agrícolas, considerados um dos melhores instrumentos para ajudar a combater os gafanhotos. O governo já estuda o uso de 400 desses aviões para controle dos insetos, caso a nuvem efetivamente chegue ao Brasil. 

 

No começo da semana, a Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER-RS) já havia orientado os produtores do oeste do Rio Grande do Sul a monitorar a possível entrada na região de uma nuvem de gafanhotos. 

 

Dentro do país argentino, os insetos atacaram Formosa, Chaco e Santa Fé, afetando plantações de mandioca, milho e cana de açúcar. 

 

Uma nuvem de 1km quadrado pode conter até 40 milhões de gafanhotos. Em um dia, os insetos podem devorar o equivalente ao que 350 mil pessoas comem.  

 

No começo deste ano, a pior nuvem de gafanhotos em 70 anos devastou a lavoura em diversos países africanos. Quênia, Etiópia e Somália foram os mais afetados. Especialistas alertam que o aquecimento global pode piorar este tipo de ocorrência.