Uma vez escutei alguém dizendo que tomar um Vinho Verde é como sentir o Oceano Atlântico dentro de um copo de vinho. E é realmente isto, o Vinho Verde é um vinho diverso como o Atlântico, que pode ser leve e fresco em alguns litorais, como pode ser profundo e complexo em outros. E assim como esse Oceano, que banha o litoral português assim como o nosso, o Vinho Verde se expressa muito bem com a cultura do seu país assim como a brasileira.
E agora vamos sugerir algumas harmonizações gastronômicas e culturais, para expressar este sentimento:
Já pensaram em harmonizar a uva rainha Alvarinho, com todo o seu potencial de evolução, com uma bela Moqueca Capixaba, acompanhando os acordes precisos do cavaquinho do músico Pretinho da Serrinha, dando o tom das canções da cantora Marisa Monte?
Quem sabe a expressiva uva Loureiro, com um suculento Frango com Quiabo, harmonizados com a inconfundível voz de Milton Nascimento, escoltado pelas potentes notas do cantor Criolo e dos elegantes arranjos que saem do piano de Amaro Freitas.
E para encerrar, vamos com um vinho tinto de caráter único feito com a uva Vinhão, harmonizado com o bom Frango ao Molho Pardo, apreciando a coreografia desconcertante de Deborah Colker, junto com o batuque certeiro do músico Carlinhos Brown.
Essas harmonizações podem até parecer inusitadas, mas é garantia de muita satisfação! E assim deixamos algumas boas razões para termos Vinho Verde em nossas taças o ano inteiro. E, talvez, ficamos convictos que não há outro vinho que harmonize tão bem com o espírito do povo brasileiro, nossos hábitos, nossa gastronomia e a nossa cultura.