Entre as mais de 40 uvas autorizadas para produção de Vinhos Verdes, há algumas que, pelos mais variados motivos, merecem um destaque especial. Selecionamos nove (seis brancas e três tintas) e apresentamos ao leitor da GULA.
UVAS BRANCAS
ALVARINHO
Uma das mais importantes uvas portuguesas, gera vinhos brancos de qualidade especial. Rica aromaticamente, com uma gama ampla de aromas. Excelente e delicada acidez, boa estrutura e amplitude em boca. Funciona tanto vinificada em inox, quanto em madeira. Entrega vinhos de bastante caráter e com longo potencial de guarda. Cultivada especialmente na sub-região de Monção e Melgaço.
ARINTO
Conhecida na região também como Pedernã, é cultivada em quase toda a região. Acidez elevada, aromas citrinos, especialmente de limão.
AVESSO
Muito comum na sub-região de Baião, mas aparece também em Basto, Amarante, Sousa e Paiva. Gera brancos de cor intensa, com aromas de frutas de caroço com nuances amendoadas, boa acidez e muita personalidade. Desperta cada vez mais atenção dos profissionais do vinho.
AZAL
Cultivada principalmente nas zonas interioranas, especialmente na sub-região de Basto. Dá vinhos com forte componente citrino, com notas de limão siciliano, maçã verde, toranja; boa acidez, corpo leve a médio e elevado potencial de guarda.
LOUREIRO
Uva mais plantada na região, presente em quase toda a zona dos vinhos verdes, embora ganhe destaque ainda maior nas zonas litorâneas. Dá vinhos bastante completos em termos aromáticos, com muitas nuances florais, excelente acidez, delicadeza e elevado potencial de guarda.
TRAJADURA
Presente em boa parte da região dos vinhos verdes, é uma uva produtiva, vigorosa e resistente. Não é das castas mais aromáticas, mas quando vinificada com as cascas, entrega aromas de maçã. Tem baixa acidez e aparece principalmente em lotes.
UVAS TINTAS
ALVARELHÃO
De cor bem aberta, taninos finos e acidez elevada, costuma gerar vinhos delicados e vibrantes. Presente especialmente na sub-região de Monção e Melgaço, está em curva ascendente, gerando interesse em sommeliers e especialistas. Também conhecida como Brancelho.
ESPADEIRO
Dá vinhos de cor aberta, com aromas bem marcados de frutas vermelhas como morango, groselha e framboesa. Aparece especialmente nos vinhos rosados, cujo interesse tem sido cada vez mais elevado nos mercados, inclusive o brasileiro.
VINHÃO
Uva rica em taninos, cor e acidez; costuma gerar vinhos vibrantes, elétricos e adstringentes. Variedade tinta mais plantada na região. Usada majoritariamente em lotes, nos últimos tempos tem aparecido sozinha como aposta dos produtores em grandes vinhos.