As estrelas do espetáculo

Fotografia: Divulgação
Alexandre Lalas

Alexandre Lalas

Entre as mais de 40 uvas autorizadas para produção de Vinhos Verdes, há algumas que, pelos mais variados motivos, merecem um destaque especial. Selecionamos nove (seis brancas e três tintas) e apresentamos ao leitor da GULA. 

 

 

UVAS BRANCAS

 

ALVARINHO

Uma das mais importantes uvas portuguesas, gera vinhos brancos de qualidade especial. Rica aromaticamente, com uma gama ampla de aromas. Excelente e delicada acidez, boa estrutura e amplitude em boca. Funciona tanto vinificada em inox, quanto em madeira. Entrega vinhos de bastante caráter e com longo potencial de guarda. Cultivada especialmente na sub-região de Monção e Melgaço.

 

ARINTO

Conhecida na região também como Pedernã, é cultivada em quase toda a região. Acidez elevada, aromas citrinos, especialmente de limão. 

 

AVESSO

Muito comum na sub-região de Baião, mas aparece também em Basto, Amarante, Sousa e Paiva. Gera brancos de cor intensa, com aromas de frutas de caroço com nuances amendoadas, boa acidez e muita personalidade. Desperta cada vez mais atenção dos profissionais do vinho. 

 

AZAL

Cultivada principalmente nas zonas interioranas, especialmente na sub-região de Basto. Dá vinhos com forte componente citrino, com notas de limão siciliano, maçã verde, toranja; boa acidez, corpo leve a médio e elevado potencial de guarda.

 

LOUREIRO

Uva mais plantada na região, presente em quase toda a zona dos vinhos verdes, embora ganhe destaque ainda maior nas zonas litorâneas. Dá vinhos bastante completos em termos aromáticos, com muitas nuances florais, excelente acidez, delicadeza e elevado potencial de guarda. 

 

TRAJADURA

Presente em boa parte da região dos vinhos verdes, é uma uva produtiva, vigorosa e resistente. Não é das castas mais aromáticas, mas quando vinificada com as cascas, entrega aromas de maçã. Tem baixa acidez e aparece principalmente em lotes. 

 

 

UVAS TINTAS

 

ALVARELHÃO

De cor bem aberta, taninos finos e acidez elevada, costuma gerar vinhos delicados e vibrantes. Presente especialmente na sub-região de Monção e Melgaço, está em curva ascendente, gerando interesse em sommeliers e especialistas. Também conhecida como Brancelho.

 

ESPADEIRO

Dá vinhos de cor aberta, com aromas bem marcados de frutas vermelhas como morango, groselha e framboesa. Aparece especialmente nos vinhos rosados, cujo interesse tem sido cada vez mais elevado nos mercados, inclusive o brasileiro. 

 

VINHÃO

Uva rica em taninos, cor e acidez; costuma gerar vinhos vibrantes, elétricos e adstringentes. Variedade tinta mais plantada na região. Usada majoritariamente em lotes, nos últimos tempos tem aparecido sozinha como aposta dos produtores em grandes vinhos.